
X DESENVOLVIMENTO X
Brincadeiras para superar os seus medos
Truques simpáticos para transformar os “monstros” em amigos e o medo em aventura.

> A criança começa a sentir medo logo a partir de dos primeros meses. Mutas vezes são apenas temores completamente normais, que se ultrapassam com o tempo à medida que o pequeno adquire uma maior consciência do que o rodeia, e mais segurança. Como pode ajudá-lo? Consolando-o, ouvindo-o e mostrando compreensão pelos seus medos. Mas também há brincadeiras que o vão ajudar.
MEDO DE FICAR SÓ (entre os 6 e os 12 meses) > O medo de ser abandonado também se manifesta através do receio de ir dormir. Invente um ritual que o ajude a acalmar e a relaxar, como o “caminho das boas noites”. Deve durar cerca de meia hora e tem de ser feito no quarto da criança. Comece por lhe dar miminhos, nos seus braços, enquanto lhe canta uma música de embalar. Entretanto, aproxime-se de cada um dos seus bonecos preferidos e, um a um, dê-lhes as boas-noites (se o bebé acordar a meio da noite, reconhecerá os brinquedos que viu antes de adormecer e isso vai tranquilizá-lo). Em seguida, comece a embalá-lo, apoiando a sua cabeça sobre o seu lado esquerdo: o seu perfume e o balanço suave, juntamente com o bater do seu coração, vão ajudá-lo a adormecer. MEDO DOS DESCONHECIDOS (entre os 8 e os 12 meses) X NUTRIÇÃO X Peixe: como o incluir na alimentação Por volta dos nove meses, o peixe é incluído na dieta da criança. Mas… como fazê-lo e que requisitos deve cumprir? QUANDO SE DEVE COMEÇAR A DAR Atualmente existem diversos estudos que demonstram que a introdução do peixe na alimentação da criança por volta dos nove meses permite, inclusive, redução do risco de alergias. > Claro que se deve ter em conta que a capacidade digestiva ainda é reduzida, pelo que os boiões homogeneizados são uma boa escolha para um início suave. Aos nove meses pode passar-se para o peixe fresco, ou congelado, começando pelos peixes brancos mais magros, como o linguado, a pescada ou a pescadinha. Por volta dos 18 meses pode-se incluir o peixe azul. RICOS EM ÓMEGA 3 > Os Ómega 3 devem estar presentes na alimentação diária e têm muitas propriedades. Os primeiros estudos sobre estas substâncias revelaram a sua ação protetora do coração e do sistema circulatório, no entanto, estudos posteriores vieram demonstrar que os seus benefícios não param por aí. COMO ESCOLHER > A consistência da sua carne deve ser firme e elástica. Isto pode ser verificado pressionando-a levemente com um dedo: a marca do dedo deve desaparecer quase instantaneamente. > Os olhos devem ter uma aparência viva, brilhante e saliente. Não podem estar achatados ou afundados na cabeça. > A pele deve ser brilhante e lisa, com as escamas a aderir bem ao corpo, mesmo quando se passa o dedo no sentido inverso. No peixe muito fresco, toda a superfície do corpo está coberta por uma película fina de mucosidade translúcida. > As guelras devem ser rosadas ou vermelhas, fechadas e imersas num muco transparente. > O ventre é a parte que se ressente primeiro de eventuais alterações, inchando ou apresentando-se flácido. Deve estar túrgido, inteiro e elástico. > O peixe fresco cheira a mar: a salitre, suave e agradável. > As barbatanas e a cauda não podem estar quebradas.
> O jogo do cú-cú é uma brincadeira muito simples que ajuda o bebé a habituar-se à ideia de que, mesmo que não a veja, a mamã não o abandonou. Enquanto o bebé está sentado no bacio ou ao colo do papá, esconderse-atrás do sofá e voltar a aparecer em segundos, sorrindo e exclamando “cú-cú!”.
> Para o ajudar a vencer este medo, pode ser muito útil o jogo de receber os convidados: é muito importante que, dentro de casa, a criança respire sempre um ambiente de abertura para os outros. Dedique meia hora por dia às visitas de amigos e familiares, mas faça-o com meiguice e de forma gradual, com uma pessoa de cada vez. Receba os convidados com o bebé ao colo, abrindo a porta com ele, mas, se o seu filho chorar ou sentir medo, não insista. Com um pouco de paciência, a situação vai desbloquear-se por si mesma, provavelmente a partir de um ano de vida.


> O que distingue claramente o peixe das outras proteínas, como a carne e os ovos é sobretudo a composição da sua matéria gorda. Trata-se de um tipo de gordura rica en ácidos gordos Ómega 3, determinados como essenciais, porque o organismo humano não pode produzi-los de forma autónoma e têm de ser introduzidos através dos alimentos.

Certificar-se da sua frescura não é difícil: basta prestar atenção a alguns pormenores antes de comprar.
X SAÚDE X
Como detetar o astigmatismo
Esta anomalia da visão pode surgir nos primeiros meses. Como pode ser identificada e corrigida?

> O astigmatismo é um defeito da focagem do olho, devido à configuração da córnea (a membrana transparente que reveste a parte anterior do globo ocular). Num olho normal, a córnea tem uma forma esférica e simétrica ao passo que, num olho astigmático, ela é assimétrica, parecida com um ovo. A imagem forma-se ao mesmo tempo à frente e atrás da retina, pelo que a pessoa astigmática vê os objetos desfocados e deformados, em altura e profundidade. O astigmatismo fica practicamente inalterado ao longo da vida: não piora, nem melhora. Um astigmatismo mínimo, equivalente a meia ou uma dioptria, é fisiológico e, em geral, não precisa de ser corrigido.
COMO IDENTIFICAR O QUE FAZER COMO SE CORRIGE
> O astigmatismo pode manifiestar-se logo nos primeiros meses e a correção desta anomalia requere óculos, mas estes são apenas aconselhados depois de a criança cumprir um ano de vida. Habitualmente, é o oftalmologista quem faz o diagnóstico de astigmatismo, no entanto, os pais podem detetar alguns sintomas, que se consideram sinais de alarme, principalmente se são frequentes:
1. O pequeno inclina a cabeça, ou seja, adota uma posição invulgar, quando fixa algo.
2. Aproxima-se demasiado da televisão.
3. Quando pinta, sai dos limites das figuras.
4. Queixa-se frequentemente de dores de cabeça ou dos olhos.
5. Tem muitas vezes os cantos das pálpebras avermelhados.

> Em caso de dúvida, é melhor levar o seu filho a um especialista, principalmente se um ou ambos os pais, ou algum parente próximo, são portadores desta anomalia ou de outros problemas que costumam acompanhar o astigmatismo como, por exemplo, a miopia e a hipermetropia. Seja como for, não se pode fazer nada para prevenir os defeitos de visão.
> As formas mais graves de astigmatismo (de 1,5-2 dioptrias para cima) são corrigidas com óculos, sobretudo de lentes cilíndricas, tanto côncavas quanto convexas. A criança pode usar óculos a partir de um ano. Este problema também pode ser corrigido com lentes de contacto ou até mediante cirurgia. É importante tratar a anomalia o mais cedo possível, pois a visão desfocada dos objetos tem uma influência negativa na perceção e pode causar uma ambliopia, también conhecida por “olho preguiçoso”. A ambliopia pode ser evitada tapando o olho são com um penso ou através de outras formas de estímulos visuais.
X PSICOLOGIA X
Chucha no dedo: o que faço?
É um comportamento muito frequente nas crianças, porque as relaxa e tranquiliza. Mas, se é constante e se prolonga no tempo, há que intervir. Mas como?

> Os dentistas são unânimes ao considerar que, se este hábito continua até depois dos três ou quatro anos, pode existir um perigo real de que a cavidade oral se deforme, com efeitos negativos para a dentição. Então o que devemos fazer?
NÃO AOS MÉTODOS PUNITIVOS > A criança que chucha no polegar, nos outros dedos ou em parte da mão fechada, fá-lo independentemente da sensação de fome. No seu imaginário é como se revivesse o contacto satisfatório e tranquilizador com o peito materno. NOVOS ESTÍMULOS > O segredo pode estar em recorrer a objetos “paliativos transitórios”, como uma mantinha, por exemplo. Do mesmo modo, antes de adormecer, pode partilhar um ritual com o seu filho, como ler-lhe uma história que o envolva e relaxe. > As crianças que têm o hábito de chuchar no dedo normalmente só procuram carinho. Neste caso, pode dizer-lhe “Chuchar no dedo não resolve nada; tens aqui a mamã para te dar miminhos”. Para concluir, é bom que ele se habitue a dar nome às suas necessidades mais profundas. > O hábito de chuchar no dedo também é um reflexo da tendência em concentrar-se demasiado em si mesmo, enquanto que a criança precisa de deslocar o seu interesse cada vez mais para o exterior. Será importante que lhe ofereça novos estímulos, envolvendo-o em atividades manuais e criativas, úteis não só para o distrair mas também para desenvolver gradualmente a sua interação com o ambiente. > Se o pequeno receber dos pais um apoio positivo para a sua vontade de crescer, abandonará mais facilmente os velhos hábitos. Por exemplo, se o seu filho a ajuda a recolher os brinquedo no quarto, vai sentir-se “maior” e não terá sempre a necessidade de recorrer ao chuchar de dedo para se recompensar.
> O “impulso oral” da criança não deve ser reprimido, mesmo que se prolongue para além do desmame. Esta etapa, que traz consigo uma profunda mudança, alimentar e psicológica, comporta uma dose de ansiedade que se compreende. A criança sente curiosidade pelos novos alimentos, mas, ao mesmo tempo, quer distância deles para recuperar a intimidade do contacto pele com pele com a sua mamã no momento das refeições.
Não se pode pensar em eliminar a sucção do dedo por parte da criança sem substituir, de alguma maneira, esse hábito tão consolador.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista no próximo mês
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